Não é fácil encher a despensa quando não há dinheiro para comprar. Não dá para acarretar os sacos se não se tiver como os encher. Claro que há famílias a quem pouco lhes basta, e outras que precisam de muito e não chega. E com isto se faz uma sociedade, dirão.
Mas quem decide o que cabe a quem? Onde está a justiça? É certo que as empresas privadas têm interesses económicos muitas vezes incontroláveis, mas não haverá uma obrigação do Estado em diminuir o fosso entre o apoio dado a uns e a outros cidadãos?
Muitos dos jogadores da Selecção Nacional de Futebol chegam ao final dos jogos e atiram as camisolas para os fãs das bancadas, ganhem ou não a partida. Nunca constou que tivessem jogado nus nos jogos seguintes por falta de equipamento, não que me importasse de ver um ou outro a lidar com tamanha tragédia. Têm patrocínios das marcas para a roupa que vestem, tanto no treino como no passeio com o cão ao domingo, mesmo se estiverem há meses no banco. Ganham um salário (a sério, eles ganham um salário por jogarem na Selecção Nacional). Não receiam não haver verba para poderem estar presentes numa competição internacional. Ganhem ou não. Deslocam-se aos campeonatos com treinadores, massagistas, médicos, fisioterapeutas, fazedores de cafuné e aparadores de pelos do nariz. Só para terem uma ideia, no último Mundial de futebol, a comitiva portuguesa era composta por 55 pessoas, 32 das quais eram staff credenciado pela FIFA… Penso que não estarei muito errada por supor que este grupo de pessoas terá um salário minimamente adequado às funções que desempenha junto da equipa.
Hei, não me interpretem mal. Tudo isto está bem. Só lamento que não seja para todos. Se há uma equipa a representar o país, deve ter apoio, claro. Afinal, quem sou eu para me pronunciar sobre se é a mais ou se está bem assim?
Bem, sou mãe. E, sinceramente, em cada cêntimo de impostos que pago vai a minha revolta quanto ao apoio dado aos cidadãos com deficiência em geral e aos praticantes de desportos adaptados em particular, mesmo se, sublinho isto, jogarem com a camisola das Quinas.
E o que define, afinal, o critério? Arrisco dizer que é a despensa. Há quem não saiba quanto custa uma dúzia de ovos. E há quem consiga faça omeletes sem eles.
Parabéns, Seleção Nacional de Goalball, pela subida ao grupo B.
Mas quem decide o que cabe a quem? Onde está a justiça? É certo que as empresas privadas têm interesses económicos muitas vezes incontroláveis, mas não haverá uma obrigação do Estado em diminuir o fosso entre o apoio dado a uns e a outros cidadãos?
Muitos dos jogadores da Selecção Nacional de Futebol chegam ao final dos jogos e atiram as camisolas para os fãs das bancadas, ganhem ou não a partida. Nunca constou que tivessem jogado nus nos jogos seguintes por falta de equipamento, não que me importasse de ver um ou outro a lidar com tamanha tragédia. Têm patrocínios das marcas para a roupa que vestem, tanto no treino como no passeio com o cão ao domingo, mesmo se estiverem há meses no banco. Ganham um salário (a sério, eles ganham um salário por jogarem na Selecção Nacional). Não receiam não haver verba para poderem estar presentes numa competição internacional. Ganhem ou não. Deslocam-se aos campeonatos com treinadores, massagistas, médicos, fisioterapeutas, fazedores de cafuné e aparadores de pelos do nariz. Só para terem uma ideia, no último Mundial de futebol, a comitiva portuguesa era composta por 55 pessoas, 32 das quais eram staff credenciado pela FIFA… Penso que não estarei muito errada por supor que este grupo de pessoas terá um salário minimamente adequado às funções que desempenha junto da equipa.
Hei, não me interpretem mal. Tudo isto está bem. Só lamento que não seja para todos. Se há uma equipa a representar o país, deve ter apoio, claro. Afinal, quem sou eu para me pronunciar sobre se é a mais ou se está bem assim?
Bem, sou mãe. E, sinceramente, em cada cêntimo de impostos que pago vai a minha revolta quanto ao apoio dado aos cidadãos com deficiência em geral e aos praticantes de desportos adaptados em particular, mesmo se, sublinho isto, jogarem com a camisola das Quinas.
E o que define, afinal, o critério? Arrisco dizer que é a despensa. Há quem não saiba quanto custa uma dúzia de ovos. E há quem consiga faça omeletes sem eles.
Parabéns, Seleção Nacional de Goalball, pela subida ao grupo B.
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