domingo, 4 de janeiro de 2015

o calor.

Está aqui uma bolha e dói. Mesmo com água fria, dói. Não gosto. Tira isto. Dói muito.

Porque não me protegeste? Porque me deixaste tocar lá? Porque não evitaste que me queimasse?

Como assim um dói-doizito? Como assim meio centímetro? Dói tanto que me deste um Ben-u-ron. E agora estou contigo e estás a dar beijinhos enquanto eu choro e choro e choro e transpiro, transpiro, transpiro. Dói tanto. E doía, mesmo com o dedo esticado em baixo da torneira da casa de banho a correr, mesmo com pomada, mesmo com a torneira da casa de banho a correr, com a pomada, com a torneira da casa de banho, pomada, banho, pomada, banho.

Não posso comer. Não consigo segurar a colher, tens de dar à boca. É o indicador, já não posso fazer desenhos. Amanhã tenho de dizer à Elsa que não posso fazer desenhos. Onde é que ele está? Onde é que tenho o dói-dói? Mamã, onde é que eu tenho aquilo?

Ah, está aqui. Não compreendo, a sério que não compreendo, porque é que não deitamos o ferro fora.

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