sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

o peixinho.

Quem meus filhos beija minha boca adoça. Não há nada melhor do que me meterem os miúdos com um sorriso, felizes, às gargalhadas. É uma pessoa? Apetece-me adotá-la. É um filme? O leitor de DVD até deita fumo. É um livro? Não o arrumamos, fica no chão ao lado da cama, vai connosco para a casa de banho (sim, cá em casa lemos livros que nos fazem rir enquanto fazemos cocó).

Funciona assim com tudo, e é a consciência de como as coisas podem ser trabalhadas que nos faz sair do poço. As fotos ficam mais giras quando sorrimos, as histórias sabem melhor quando nos rimos, tudo se encaminha para um bom-porto se pensarmos positivo e nos rodearmos de pessoas positivas. Há que fazer a experiência: naquelas fases da montanha-russa em que a descida parece não terminar, olhemos à volta e vejamos quem e o que nos rodeia. Depois, invertamos a curva.

Anda tudo a chorar à nossa volta? Imponhamo-nos o objectivo de as fazer felizes. Parece que só acontecem desgraças connosco, com quem está connosco e no mundo, e ainda por cima não para de chover e temos uma borbulha no nariz? Paguemos dez euros ao vendedor da CAIS e bebamos um chocolate quente enquanto escrevemos num moleskine as coisas mais boas que temos (é mesmo assim, as mais boas escrevem-se por oposição às menos boas).

Banda desenhada é do melhor para mim. O meu mais velho gosta de ver um bom sketch cómico. O pequenino adora quase tudo desde que tenha patetices, planetas ou que fale de amor (é um manteiga-mole). Ultimamente, está fã de livros das letras. Têm o A de águia, o B de burro, mas também o S de cobra e o J de crocodilo. Quando não lhe apetece ler, podemos por exemplo jogar às cartas. “Jogamos aqui os dois. Mas também ganhas sempre... Posso ser da tua equipa?” Oh yes, a ver se ganhamos esta.

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