sábado, 27 de dezembro de 2014

amor.

O perfume que se adapta ao teu cheiro. A dose certa. O excesso certo. A camisa que condiz com o tom da pele. A malha rota, o vinco das calças.
A barba. Sem barba. Com. Sem. A saia curta, comprida, pelo joelho. Acima do joelho. A mostrar o joelho. A tapar. Vou tapar.

Os olhos grandes dela, o olhar negro, as amêndoas no olhar azul, os olhos brancos, os olhos cegos, o olho de vidro, olhar no vazio.
O toque e a atração, o abraço, a distância, o homem sem um braço no meu espaço. Salto alto espetado no ar, sabrina que rasa, mulher pequenina com homem grande, mulher grande com homem grande. Mulher com mulher.

E o mesmo cheiro, os perfumes, os laços e os abraços. A faisca do carro que choca e do beijo na boca.

O frio lá fora. Chuva, frio. Aqui no metro uma brasa.

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